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Sustentabilidade é a nova tendência dos ambientes

Sustentabilidade é a nova tendência dos ambientes

        22/09/2010


Tânia Franco


Conceito agrega materiais sustentáveis aliados  tecnologia e ao conforto, mostrando que sofisticação e responsabilidade ambiental podem e devem estar presentes nos projetos

Brasília, 14 de setembro de 2010  O ambiente sustentável é resultado do trabalho realizado por um arquiteto consciente e de bom senso. A prática é antiga e universal, mas foi no final da década de 80 e início da década de 90, após conferências mundiais realizadas, como a Rio 92 (Rio de Janeiro, em 1992) e a Rio + 10 (Joannesburgo, em 2002), que as questões sobre sustentabilidade chegaram  agenda da arquitetura de forma incisiva, criando novos paradigmas.

Em seu conceito mais amplo, sustentabilidade é a forma de dispor o melhor para as pessoas e para os ambientes nos quais vivem, trabalham ou estabelecem relações sociais, formando um diálogo entre a qualidade ambiental, social e cultural. O comprometimento de difundir maneiras de construir com menor impacto ambiental e maiores ganhos sociais, sem, contudo, ser inviavelmente econômico.

Algum dia, alguém sentenciou que, para tornar um ambiente sustentável, é preciso que ele seja ecologicamente correto, economicamente viável, culturalmente aceito e socialmente justo. Um projeto de arquitetura sustentável procura considerar todos os processos das edificações, incluindo seu uso, manutenção e sua reciclagem ou demolição. O caminho para a sustentabilidade não é único e exige dos profissionais conhecimento, habilidade e criatividade", argumenta Tânia Franco.

Neste processo, surge a figura do arquiteto. Este profissional, além de outras funções, acumula a responsabilidade de encontrar materiais ecologicamente corretos, que diminuam o impacto negativo do homem sobre o meio ambiente. As decisões por ele tomadas refletem-se ao longo do ciclo de vida das obras.

"O arquiteto atua de forma preventiva frente aos possíveis impactos ambientais. Para isto, é necessário estar capacitado e informado sobre a crescente demanda de produtos ligados sustentabilidade. Neste sentido, ele pode utilizar, de maneira adequada, os elementos naturais, como o vento, a água e o sol", explica.

Utilização de elementos naturais - Assim como os demais, os projetos sustentáveis são desenvolvidos de acordo com a intenção e a necessidade de cada cliente. Entretanto, sugerir o reaproveitamento de águas pluviais, a utilização de ventilação e a iluminação natural, otimizando o conforto térmico e acústico; a automação para controle de iluminação artificial; e o uso de ar condicionado ecológico são algumas das medidas que tornam o ambiente ainda mais funcional, moderno e ecologicamente correto.

Entre alguns exemplos práticos de sustentabilidade nas construções está o uso do telhado ou muro verde, que contribui para minimizar as emissões de CO2 ? atmosfera, proporciona conforto térmico e acústicos edificações e atua diretamente na proteção estrutural e pluvial da área implantada. Em alguns casos, o telhado verde pode reduzir em ate 30% o consumo de energia, graças ? minimização do uso de ar-condicionado em suas dependências.

A instalação de sensores nas luminárias proporciona uma redução de até 40% sobre o consumo de energia elétrica. O mesmo acontece com as luminárias de LED, que chegam para substituir as tradicionais lâmpadas, resultando em uma economia de até 80% no consumo. ?Além disso, a automação residencial nas edificações agrega benefícios como segurança e conforto. Sua utilização minimiza cabeamentos e gera economia  edificação, esclarece a profissional.

Para a redução do consumo de água, Tânia sugere a utilização dos sistemas hidráulicos de baixa vazão, como a descarga com dispositivos de duplo fluxo (seis litros para sólidos e três litros para líquidos), e as torneiras economizadoras com sensor de presença.

A conscientização do arquiteto no uso da sustentabilidade na arquitetura é de singular importância para a preservação dos recursos naturais presentes no universo. O novo panorama do mercado imobiliário pede, cada vez mais, projetos sustentáveis de forma mais abrangente e menos superficial. Neste sentido, os profissionais de arquitetura já perceberam a mudança e a necessidade de se capacitarem sobre os projetos verdes. Entretanto, é preciso ficar atento importância dos certificados que comprovam qual o projeto é realmente sustentável?, finaliza a arquiteta e designer de interiores.

Tânia Franco. Com 25 anos de profissão, Tânia Franco é mineira, formada em Biologia, Design de Interiores e Arquitetura. Em Goiânia, era integrante do escritório franco & hanna arquitetura e interiores. Seu portfólio inclui participações nas mostras Casa Cor e Morar Mais Por Menos. Este ano, participa da Casa Cor 2010 - Brasília com o espaço Lúcio Costa Café.

Carolina Sales l: proativa@proativacomunicacao.com.br

 

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