20/06/2012

Encarar-se diante do espelho ou da própria vida é para poucos - você é um deles?

Lutamos, choramos, caímos, choramos novamente, desistimos. O que quero não consigo. O que consigo não me atrai. É o mantra que ouvimos ecoar por aí. Lamentações de supostos guerreiros que se abatem - como qualquer humano - às lutas da vida. Mas quem disse que ela seria fácil? Se assim o fosse, estaríamos ainda assim satisfeitos?

O ser humano tende à vitimização. Quer, mas nem sempre sabe escolher ou pedir ou plantar. Deseja uma colheita farta, limpa, exata, mas pouco semeia para isso. Clama, exihe, deseja sem muitas vezes sair do imaginário ou sem levantar um fio de cabelo para tanto. Em outro extremo está o objeto ou pessoa do desejo, clamando para ser vista, acessada, amada, querida. Quando esses dois pontos vão se unir? Quando o sujeito encarar-se diante do espelho, resolver sair à luta, mesmo sabendo que pode mais uma vez errar ou não conseguir.

E por que ele sairia e tentaria mais uma vez colocando a cara à tapa, me perguntariam? Porque se assim não o fizer o máximo de conquista que obterá será do muro de lamentações e choros à sua volta. Uma escolha realmente difícil para os fracos.

Mayara Paz - maypaz@gmail.com