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Fortaleza - Praia de Cumbuco

22/08/2011

Rali nas dunas

 
Praia de Cumbuco , ponto final do Rali dos Sertões, é ideal para quem quer combinar aventura e tranquilidade de Cumbuco, Ceará

 
Praia de Cumbuco Esses milionários sabem reconhecer o bom da vida. Depois da largada em Goiânia, dia 10, os 220 inscritos de oitos países do Rali dos Sertões fizeram a primeira parada em Pirenópolis. E na sexta-feira, dia 19, depois de percorrer 4.041 quilômetros de aventuras, chegaram ao ponto final do percurso, o distrito de Cumbuco, no município de Caucaia, uma das mais belas praias dos 573 quilômetros do litoral do Ceará.


Se seu espírito de aventura não é grande o bastante para encarar todo um rali sertão afora, sem falar na pequena fortuna que se gasta nesse tipo de competição, resta um consolo e tanto: a chance de desbravar dunas à beira-mar em passeios de buggy, com direito a mergulhos em lagoas de águas tépidas emolduradas ao longe por serras. E por um preço bem mais acessível. Saindo de Fortaleza, a 35 quilômetros na Rota do Litoral Oeste, fica Caucaia, que abriga a Praia de Cumbuco.


Cidade tem vários atrativos para o turista, das praias à gastronomia

Ali, o passeio tradicional de buggy demora cerca de uma hora e custa 140 reais. O passeio mais longo, de 2h30 de duração, sai por 200 reais. Em ambos os casos, pode-se escolher com ou sem emoção. A nossa foi a primeira opção e constatamos que já é emoção mais do que suficiente o sobe-e-desce e as curvas inclinadas na trilha de areia a perder de vista.

No percurso, coqueirais, o mar ao longe, vento, muito vento, aplacando o calor e o sol. Portanto, valem as recomendações básicas: boné, óculos de sol e bastante filtro solar antes de embarcar com um dos 103 motoristas da cooperativa que organiza os passeios de buggy. Eles explicam detalhadamente o percurso e dizem que a segurança é garantida, o que é enorme alento quando, em determinados trechos, a impressão é de que o buggy vai despencar duna abaixo ou tombar ao contornar passagens subindo em montes de areia nas laterais. Risos e gritos de susto marcam o trajeto.

 

Lagoa de Parmamirim, em Cumbuco: brincadeira nas dunas e mergulhos

A primeira parada é na Lagoa do Parmamirim. Um oásis, com barraquinhas que vendem água de coco gelada e nas quais há "guias" para outra diversão, o "esquibunda". Custa 5 reais e dá pra ir com o guia controlando a descida pela duna até o banho refrescante na lagoa ou arriscar-se a controlar sozinho, cravando os dedos na areia, a velocidade nesse escorregador natural.

Paisagem

Na lagoa, limpa e morna, entre um mergulho e outro, vale apreciar a vegetação em volta, os pássaros, o reflexo do azul do céu no espelho d'água. Instantes de harmonia e paz que podem ser substituídos pela curiosidade de assistir aos tombos de turistas inexperientes nas manobras desse esqui nativo. Depois, é encarar a subida em escada formada por degraus de pneus recheados de areia molhada para evitar queimadura nos pés. Um exercício e tanto, que não intimida quem acha que merece mais uma escorregadinha... e outra, e outra...

De volta ao buggy, seguimos esbarrando em cajueiros interligados. Dependendo da época, é possível colher as frutas, abundantes na região. Mais adiante, veem-se jegues sob o sol escaldante, disponíveis para compor o visual de uma foto típica (basta pagar uma gorjeta aos donos dos animais).

A próxima pausa é para apreciar a Lagoa do Banana, que tem ao fundo a Serra de Maranguape, cercada de belas casas de veraneio e pontuada por jet skis. "Esse pessoal é estribado", comenta Marcelo de Barros, 35 anos, que conta ter nascido em Cumbuco e ser bugueiro desde os 13 anos. Para quem não entendeu, estribado é rico o bastante para desfrutar de patrimônio luxuoso nesse cenário paradisíaco.

Nos cinco quilômetros de praias de Cumbuco - o nome viria de cumbuca, cabaça -, não faltam estrangeiros "estribados" que construíram belas casas de veraneio, hotéis e pousadas. Passamos por um condomínio de sobrados em estilo rústico, com redes nas sacadas, numa das quais se vê um jovem de cabelos louros e pele rosada. "São noruegueses", explica Marcelo. Também muitos holandeses se apaixonaram pela vila de pescadores e contribuíram para transformar o local com novas construções.

O Popular -
Karla Jaime Morais
Renata Martorelli

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