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Paris para os brasileiros

Paris para os brasileiros

19/10/2010

 

Cidade abriga as mais diversas  culturas e costumes e está cada vez  mais acolhedora para com os turistas

 

 

Paris não é apenas a cidade que abriga os grandes nomes da gastronomia ou da moda. Aos olhos de um turista comum, a cidade pode parecer apenas isso mesmo, mas Paris é muito mais. É uma cidade democrática que abraça as mais diversas culturas e costumes, sem perder sua identidade, e está cada vez mais acolhedora para com os turistas, em especial os brasileiros.

 

Para aqueles que não dominam o idioma francês, a barreira linguística não é desculpa para deixar de ir a Paris. Em espaços que recebem grande fluxo de turistas, como os museus, os atendimentos já são feitos em inglês, espanhol e até mesmo em japonês.

 

Restaurantes, hotéis e algumas lojas localizadas em grandes magazines também dispõem de atendentes que falam português.

Paris tem um roteiro para cada intenção.

 

Se seu destino é fazer apenas o circuito essencial, vale apostar na ida à Torre Eiffel ao entardecer, com a chance de vê-la iluminada. Caso opte por subir até o topo, o melhor é ir pela manhã - as filas são menores.

 

A visita aos museus pede o uso de roupas e sapatos extremamente confortáveis - nada de levar bolsas ou mochilas pesadas - e deve incluir o Museu do Louvre, que não abre às terças-feiras. O mesmo conselho vale para a Catedral de Notre Dame e também o Castelo de Versailles e seus enormes jardins, que ficam nos arredores de Paris.

 

Compras

 

Já se seu objetivo é fazer compras, não deixe de reservar um tempo na agenda para os grandes magazines: Galerias Lafayette, Printemps e Le 4 Temps. A maioria desses locais fecha ao público às 20 horas e tem horários diferenciados de atendimento nos finais de semana.

 

 Outra dica importante é lembrar ao atendente do caixa, na hora de pagar suas compras, a sua condição de turista brasileiro, para obter o reembolso dos impostos dos produtos adquiridos.

 

 

A Comunidade Europeia tem uma política de reembolso de 12% do valor de compras superiores a 175 euros. Esse procedimento é conhecido na França como detáxe. O reembolso desse percentual pode ser feito em dinheiro ou em crédito no cartão do comprador e deve ser solicitado no último porto ou aeroporto de onde o turista o vai sair da Europa.

 

Alimentação:

Em relação aos locais para alimentação, o turista tem várias opções. Uma delas é um dos muitos fast-foods internacionais como McDonalds e Subway espalhados por toda a cidade. Já caso opte por uma culinária mais tradicional, deve sempre atentar-se para o fluxo de clientes do estabelecimento.

 

 

Desconfie sempre se um restaurante ou café estiver vazio. Prefira os ambientes frequentados pelos franceses, de preferência os mais afastados dos pontos turísticos. Um detalhe interessante: seja qual for a sua escolha, independentemente do fluxo de pessoas, os franceses são bastante ágeis em comandar e preparar um prato - o cliente espera pouco para iniciar sua refeição.

 

Lazer

 

Se sua intenção é o lazer, Paris tem ótimas opções para os mais variados bolsos, de uma agradável caminhada às margens do Rio Sena a um passeio pelas exóticas ruas de Montmartre até eventos estilosos na Ópera de Paris ou os restaurantes requintados onde o terno e gravata são lei e a reserva, indispensável. Há também a opção de passeios turísticos de ônibus panorâmicos, bateau mouche pelo Rio Sena e de bicicletas.

 

 

Meios de transporte:

 

Já em se tratando de meios de transporte, usar carro em Paris não é essencial, toda a cidade é coberta pela linha de metrô e raramente o usuário anda mais de cinco minutos para encontrar uma estação.

 

A dica é comprar o carnê com dez viagens que custa 12 euros, já que o bilhete individual custa 1,70 euro. O metrô é uma atração à parte - nele o viajante encontra músicos excelentes à cata de moedas nos vagões e até grupos musicais tocando nos corredores das estações. Algumas estações são verdadeiros pontos turísticos, onde é possível esbarrar em cópias de obras de arte de artistas famosos, como Rodin, por exemplo.

 

 

Do aeroporto Charles De Gaulle a maneira mais fácil, barata e rápida de chegar a Paris é utilizando a Rede Expressa Regional (RER) - a linha B tem sua última estação dentro do aeroporto (bilhete custa 8,70 euros) e é interligada com o metrô. Um táxi para quatro pessoas pode sair por até 90 euros.

 

 

Há ônibus da Air France e Roissy Bus, cuja passagem custa 8,70 euros, e deixam o turista nas imediações da Ópera de Paris e ainda as vans, chamada de shuttle, que levam o turista do aeroporto a qualquer lugar de Paris por 25 euros, por pessoa.

 

No caso em que o viajante esteja com muitas malas, nem pense em economizar e utilizar o RER - as estações de metro têm muitas escadarias, o que dificulta carregar muita bagagem. Opte por um táxi ou pelo shuttle, mas se prepare para as filas em busca desses serviços.

 

 

Passeio sem dificuldades

 

Conhecer Paris está cada vez mais acessível. A primeira providência é cuidar dos documentos e de outros itens de viagem, como passaporte, cartão de vacina internacional (que pode ser obtido gratuitamente no posto de atendimento da Anvisa, no aeroporto de Goiânia, mediante apresentação dos cartões de vacina emitidos no Brasil), compra de euros em casas de câmbio ou no próprio Banco do Brasil e desbloqueio do cartão de crédito internacional.

 

 

Em caso de telefone celular, o desbloqueio da linha para uso no exterior deve ser feito no Brasil, antes da viagem. Todas essas providências devem ser tomadas com uma antecedência mínima de 30 dias, para, se houver algum imprevisto, tudo possa ser resolvido a tempo de não prejudicar o cronograma da viagem.

 

Quanto ao visto, uma comodidade: a França não requer visto para brasileiros, mas, no momento de ingresso do turista em solo francês, além do passaporte, pode ser pedida a apresentação do cartão de crédito no nome do viajante e do seu cartão de vacinação internacional.

 

Ainda em se tratando de saúde, é aconselhável levar medicamentos dos quais se faça uso constante. Na França, os remédios só são vendidos com prescrição médica, o que inclui até um simples analgésico.

 

Hospedagem

 

A próxima providência é em relação à maneira de chegar e se instalar em Paris. Uma opção são os pacotes elaborados por empresas especializadas, reconhecidas e recomendadas pelo Ministério do Turismo brasileiro, que incluem até mesmo as passagens.

 

 Outra é montar seu próprio roteiro, desde a escolha da companhia aérea ao local de sua acomodação.

 

Ao estilo francês

 

A nova sensação para conhecer Paris e não perder o conforto e a privacidade de sua casa é estabelecer-se em um de seus charmosos apartamentos mobiliados disponíveis para aluguéis de temporada, que, em caso de permanência superior a cinco dias, ficam muito mais em conta que um hotel.

 

A diária média para duas pessoas em um apartamento de 40m2, com suíte, sala de estar e cozinha, é de 90 euros, incluídos os serviços de água e energia. Se a estada for superior a 7 dias, também é incluído o serviço de limpeza, com direito a troca da roupa de cama, mesa e banho.

 

 

Em um hotel no padrão da rede Accor (Ibis, Mercure, Novotel, etc), quando há disponibilidade de vagas, a média da suíte mais barata é de 85 euros, sem café da manhã, para um prazo de permanência de cinco dias. A matemática, a princípio, favorece ao hotel. Mas vamos aos fatos: caso o viajante opte por ficar em um hotel, se precisar lavar e passar roupas, tais serviços serão cobrados à parte e, logo, o valor da diária aumentará.

 

 

Outro detalhe importante: o viajante terá de se submeter aos horários do restaurante do hotel para se alimentar no café da manhã ou no jantar, conforme o pacote escolhido. No caso do aluguel de um apartamento mobiliado, fica-se mais à vontade, uma vez que a maioria dos apartamentos tem a sua disposição máquina de lavar, ferro de passar, micro-ondas, geladeira e fogão, além de outros utensílios domésticos básicos.

 

O ato de alugar um apartamento pode ser feito de casa mesmo, via internet. Sites como Paris Attitude (www.parisatittude.com) e MonParis (www.meuparis.com) oferecem esse serviço, e o segundo tem atendimento em português. É muito rápido e prático.

 

Primeiro é necessário elaborar seu roteiro de viagem para saber em qual bairro de Paris ficará mais cômodo, escolher o apartamento que melhor se encaixe no seu orçamento e entrar em contato por e-mail com a empresa desejada e aguardar a resposta.

 

 

Lembre-se de que em relação ao Brasil, entre o último domingo de março e o último domingo de outubro, o fuso horário da França são cinco horas a mais, já que esse é o período do horário de verão francês, logo não espere que seu e-mail seja respondido no mesmo dia.

 

Depois do contato estabelecido, é seguir as instruções quanto à efetivação da reserva e solicitar da empresa um documento que comprove o recebimento do pagamento e de que você realmente é o locatário do apartamento no prazo contratado.

 

Finalmente, é só aguardar a data do embarque e experimentar a sensação de realmente conviver com os franceses, seja com os moradores do prédio ou com os proprietários ou funcionários das padarias, supermercados, cafés e restaurantes da vizinhança.

 

Fonte O Popular / Luciola Correa, de Paris

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