Mundo Mulher

Beijar na Boca é a boa do carnaval

14/02/2012

Dentistas revelam que o beijo aguça os cinco sentidos e alivia o estresse, mas que é necessário ter cuidado com doenças transmissíveis.

O carnaval é uma festa de alegria e muita folia, onde a sensualidade está à solta nos trios, blocos , bailes e ruas. Como o nome diz, é a festa da carne e do beijo na boca. “Beijar é bom, além da sensação agradável de afeto que proporciona, o beijo tem vários outros benefícios à saúde – mas também pode acarretar riscos” diz o cirurgião dentista José Ribamar Cerqueira Filho. Além disso, a combinação de vários dias sem descanso adequado, debaixo de sol intenso, sem hidratação e alimentação equilibradas diminui a imunidade do corpo e a pessoa fica mais suscetível a doenças.

Segundo ele o beijo na boca tem muitos fatores ligados à saúde que são benéficos. “Pode ativar o sistema imunológico e induzir à produção de anticorpos, melhorando a imunidade. Além disso, pode contribuir para a diminuição do estresse, devido à liberação, durante o ato de beijar, de endorfinas, os chamados “hormônios da felicidade”. E como se não bastasse beijar “emagrece”: um beijo romântico rápido queima cerca de três calorias, enquanto beijar intensamente durante um minuto pode queimar cerca de quinze calorias” diz o especialista.

 O cirurgião dentista também enumera mais benefícios que o saboroso beijo pode causar: “Um beijo na boca coloca o nosso corpo inteiro para trabalhar: beijar exercita os músculos, queima 12 calorias, aumenta a produção de hormônios e melhora a circulação sanguínea” diz o dentista acrescentando ainda que beijar eleva os batimentos cardíacos de 70 para 150 batimentos por minuto. Esse bombeamento sanguíneo aumenta a oxigenação das células, estimula as funções circulatórias e diminui a insônia e as dores de cabeça.

            Entretanto os especialistas fazem um alerta: feito de forma “irresponsável” e, digamos, sem os “mínimos cuidados”, beijar também pode trazer riscos à saúde.
Por exemplo, são várias as doenças que podem ser transmitidas por um simples beijo: hepatite B (que pode evoluir para o câncer de fígado), herpes (aquelas bolhas que aparecem nos lábios e depois viram feridas próximas à boca), candidíase (conhecida popularmente como “sapinho”) e até tuberculose e mononucleose – sem falar da gripe.

           “Segundo um estudo do British Medical Journal, beijar várias pessoas no mesmo dia aumenta em até quatro vezes o risco de contrair meningite”, resume Ribamar Cerqueira Filho. Segundo ele, isso pode ocorrer porque apenas em uma única gota de saliva que se troca num beijo podem existir cerca de 2 bilhões de bactérias.

“É bom deixar claro que a AIDS geralmente não é transmitida pelo beijo. Somente pode ocorrer o contágio caso ocorra sangramento ou feridas bucais abertas. Esse risco é maior em portadores de piercing lingual, pois podem ocorrer sangramentos com mais facilidade” diz o especialista.

“Apesar de milhões de bactérias serem trocadas durante o beijo, desde que os indivíduos estejam saudáveis, beijar é muito seguro e, principalmente em um feriadão como o carnaval, as pessoas devem aproveitar para brincar, namorar e serem felizes” brinca Ribamar, que detalha: cerca de 29 músculos faciais entram em ação durante o beijo, sendo que 17 são da língua. E o tato nos lábios é 200 vezes mais forte que nos dedos. Por isso beijar é tão intenso.

O beijo, portanto, pode ser um ótimo aliado dos foliões, permitindo que os dias de folia sejam os melhores e mais alegres possíveis. Vale ressaltar, porém, que a higiene é muito importante para que os beijoqueiros do carnaval guardem apenas as boas lembranças. “Para conservar um hálito sempre fresco e uma boca saudável não basta só escovar os dentes. É necessário fazer uma boa escovação em pelo menos três vezes ao dia ou até mais, usar o fio dental que é imprescindível para retirarmos a comida acumulada entre um dente e outro, e bochechar com algum anti-séptico bucal, responsável por matar os germes e bactérias que moram habitualmente na boca. É importante, também, visitar o dentista, periodicamente, realizando medidas profiláticas, para o não desenvolvimento de bactérias”, finaliza o especialista.

José Ribamar Cerqueira Filho - Cirurgião Dentista – Especialista em Implantodontia - Membro da American Academy of Osseointegration

Luanda Melo/ Miriam Barbosa - dmc21@dmc21.com.br

 

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