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ATENTADO NA ANGOLA

 10/01/2010

Goleiro togolês está em estado grave Médico explicou que exames vão dizer se movimentos do jogador foram afetados.

O goleiro reserva de Togo Kodjovi Obilalé, atingido por dois tiros no atentado sofrido pela seleção em Angola na última sexta-feira, está em estado grave, porém estável. A informação é do hospital Milpark, em Joanesburgo, África do Sul, para onde Obilalé foi transferido neste sábado. O goleiro deu entrada às 13h (horário de Brasília) e está sendo examinado pela equipe médica do hospital.

- O estado dele é grave, como de qualquer pessoa que é baleada, mas segue estável. Foram dois tiros nas costas, na altura da cintura, mas ele está consciente. Agora precisamos fazer outros exames para saber da gravidade dos ferimentos e se os movimentos das pernas foram afetados - relatou ao GLOBOESPORTE.COM o médico Richard Friedland.

Friedland não quis adiantar se Obilalé corre risco de morte, mas explicou que o atendimento recebido em Angola foi fundamental para que ele sobrevivesse.

- O trabalho da equipe médica que prestou os primeiros socorros foi excelente. Possivelmente o paciente não estaria aqui se não fosse isso - elogiou o médico.

O hospital marcou uma coletiva para a manhã deste domingo para dar novas informações sobre o estado de saúde do goleiro.

O chefe da delegação togolesa, Kodgo Falokoffe, está no Milpark para acompanhar o atendimento a Obilalé. Falokoffe não viajava no ônibus que sofreu o ataque, mas contou o drama vivido pela delegação logo após os tiros.

- Eu já estava no hotel em Angola, esperando nossa seleção chegar, quando soube da notícia. Fui ao hospital e vi vários feridos, outros chorando. Foi tudo muito rápido - lamentou.

O atentado em Angola

O ônibus que transportava a delegação togolesa foi metralhado por rebeldes separatistas do FLEC (Frente de Libertação do Estado de Cabinda). Além de Obilalé, o zagueiro Serge Akakpo também foi baleado. Um assessor de imprensa, um assistente-técnico e o motorista do veículo morreram. Os dois primeiros faleceram no hospital em decorrência dos ferimentos. O motorista faleceu na hora do ataque. Apesar do incidente, a Confederação Africana de Futebol (CAF) confirmou a realização do torneio.

Segundo a imprensa europeia, a seleção do Togo teria desistido de disputar a Côa Africana de Nações devido ao incidente. Dirigentes do governo togolês e representantes da CAF, entretanto, querem demover os atletas da decisão. Uma reunião deve acontecer ainda esta tarde para definir o imbróglio.

Goiasnet.com/Globoesporte.com

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